terça-feira, 27 de outubro de 2009

Green Mall

Pegando o gancho no post anterior resolvi pesquisar sobre o que a indústia de shopping centers no mundo está fazendo para se aliar de forma efetiva a esta nova realidade verde de nosso planeta. Um exemplo desafiador está para ser inaugurado na cidade de Chicago, no EUA, ainda este ano, chama-se: Green Exchange.

O Shopping nasce com objetivo não só de ser sustentável em sua construção e operação, mas abrigar lojas e escritórios com consciência verdes. O desenvolvimento do empreendimento é capitalizar num mercado em expansão todas as coisas verdes, orgânicas e socialmente responsáveis em um único local, projetando aos clientes as empresas com esta visão. Um desafio, pensando que o mix se limita muito e torna o turn over bem delicado. Mas este é um mercado em expansão e a abertura de um shopping como este ajuda pequenas empresas verdes a ficarem maiores e atrairem mais negócios em um ambiente que reforça os seus ideais.

Empresas como restaurante orgânico e café, loja de mobiliário sustentável, uma empresa fornecedora de Green Building escritórios de arquitetos e designers com foco na sustentabilidade, uma empresa de vestuário ambientalmente amigável, uma loja de bicicletas e outras serão parte do mix de 100 lojas distribuídos em 4 pisos.

Algumas questões construtivas e operacionais são importantes de destacar: teto verde, jardim interno com 9 mil m2, painéis solares térmicos que irão fornecer água quente, alta eficiência de aquecimento e sistema de arrefecimento do edifício que irá reduzir o consumo de energia em 22%, 41.329 galões de água de chuva de capacidade da cisterna permitindo ser recapturada e utilizada para a irrigação e recursos hídricos, baixa toxina nas tintas utilizadas, janelas e portas de eficiência energética, escada rolante que incorpora sensores de ocupação e velocidades variadas - utilizando 30% menos energia do que uma escada rolante tradicional e total reciclagem de lixo são algumas das estratégias.

O shopping está sendo construído aproveitando um edificio de 95 anos de uma antiga fábrica de lampadas (passado interessante e intrigante esta associação, não acham?). Os clientes eco conscientes terão priodidade de vagas de garagem para carros hibridos, além de 80 vagas para bicicletas com armários para os clientes, incentivando a utilização deste meio de transporte. Outro detalhe interessante é a locação de 56 lofts onde locatários poderão trabalhar e viver no mesmo local.

O prédio recebeu a cerificação LEED - Leadership in Energy and Environmental Design (Liderança em Energia e Design Ambiental ) desenvolvido pela E.U. Green Building Council (USGBC), fornece um conjunto de normas de construção ambientalmente sustentável (www.usgbc.org/LEED).

Veja o vídeo abaixo com descrição do projeto e alguns locatários:

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Safeway mostra supermercado 'verde'


Durante o RetailGreen ICSC Conference & Trade Exposition, realizado no mês de setembro em Hollywood, Califórnia, os participantes foram levados em uma excursão a uma loja modelo da Safeway em West Hollywood para ver porque o supermercado merece a certificação LEED do Green Building Council E.U..

Cerca de 85 por cento dos materiais utilizados na construção são provenientes de demolições e cerca de 90 por cento dos resíduos da construção foi desviados dos aterros. Diodos emissores de luz (LED) foram utilizados na iluminação das pilastras, que segundo a Safeway irá reduzir o consumo eléctrico em cerca de 28.100 quilowatts-hora por ano. A empresa também usou iluminação LED nas áreas externas a fim de reduzir o consumo de energia em 80 por cento contra o néon antigo e e poupou na refrigeração 63 por cento nas emissões de carbono em comparação com as lâmpadas fluorescentes.

A iluminação em toda a loja é dirigida ao produto e não aos pisos e paredes, o que reduz o consumo em até 1,1 watts de eletricidade por metro quadrado. A água de escoamento do estacionamento e teto é recolhida e direcionada para um aqüífero (formação ou grupo de formações geológicas que pode armazenar água subterrânea) para minimizar o impacto sobre o sistema municipal de águas pluviais, totalizando o desvio de cerca de 7.400 metros cúbicos de água da chuva por ano.

O paisagismo exterior utiliza irrigação por gotejamento para a conservação de água e minimizar o escoamento superficial.

A história da marca SAFEWAY teve início no ano de 1915, quando Marion Barton Skaggs, um jovem ambicioso de uma pequena cidade do estado de Idaho chamada American Falls, comprou a mercearia que seu pai possuía por US$ 1.089. Munido de uma grande estratégia, oferecer aos consumidores os melhores preços do mercado e expandir o negócio baseado em uma margem de lucro estreita, provou ser um enorme sucesso.

Atualmente a SAFEWAY, terceira maior rede americana de supermercados, possui mais de 1.750 lojas, somente sob este nome, em 21 estados americanos e Canadá (este com 223 lojas abertas). A empresa fatura anualmente US$ 44.1 bilhões (dados de 2008).
Bom exemplo no momento de cultura sustentável.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Troca de funções, inciativa Iguatemi

O papel de importância da gestão de pessoas nas organizações é um fato já consagrado pelos CEO´s e administradores das grandes empresas. Nos shopping centers esta prática também é considerada fundamental na gestão, pois os somos prestadores de serviços e acumulamos em nossos organogramas diversas e variadas funcões.

Pois a Iguatemi Empresa de Shoppings Centers (IESC), realiza desde 2000 em seus 16 empreendimentos espalhados pelo país, uma prática bem interessante e fomentadora de relatórios que sugerem diversas mudanças implantadas para facilitarem o dia a dia dos funcionários da área operacional, denominada "Troca de Funções". Na realidade não é uma troca, mas uma experiencia vivenciada pelos executivos da empresa em funções operacionais como limpeza, jardinagem, orientação de mall, segurança, pintuta, balcão de informações, etc... No caso o pessoal operacional não ocupa a função do executilvo, por isto não se caracteriza uma troca.

O importante porém não é a nomenclatura que se dá, mas ao resultado. O fato é que durante algumas horas do dia um superintendente, um gerente ou chefia de uma área expecifica vivencia integralmente o trabalho de um colaborador em praticas operacionais, geram relatórios com informações bastante preciosas para melhorar a qualidade de trabalho destas pessoas. Troca de ferramentas, mudança em uniformes, escolha de produtos de limpeza mais eficientes, cadeiras mais ergonomicas e outras sugestões surgem desta prática, com ações que são implementadas imediatamente ou em pouco tempo, dependendo da complexidade desta mudança.

Além disso a gerencia se aproxima do pessoal operacional passando a gerar maior valor a funções, as vezes, pouco valorizadas dentro do empreendimento.

Vale e pena tentar!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Nova 25 de março


Os shoppings populares avançam no país, na onda de consumo dos produtos falsificados e importados da China. Vários estados brasileiros já possuem ruas destinadas a abrigarem este comércio, que antes era considerado popular, mas que atualmente atraem clientes de todas as classe sociais, que buscam produtos de marca ou eletro eletronicos com preços mais baixos. O consumo de luxo no lixo? Pode ser, mas é tentador comprar produtos com alto design e tecnologia com um precinho melhor.

A grande vedete deste nicho é sem dúvida alguma a 25 de Março em São Paulo. Pois foi pegando o gancho do sucesso do comércio popular da Rua 25 de Março, que o Grupo Savoy (http://www.savoy.com.br/) resolveu empreender em uma dos terrenos mais valorizados da Cidade de São Paulo, no Bairro de Santo Amaro, marginal Pinheiros, o Shopping Nova 25 de março.

O empreendimento será construído em área de 110 mil m2 inicialmente com 191 lojas em mall aberto, mas com área de ampliação que poderá chegar a 210 mil m2. Além disto terá uma réplica do mercado do mercado municipal e uma praça de alimentação com 1.000 lugares.

Corredores de 12 metros de largura, corredor técnico para reposição de mercadorias durante todo horário de funcionamento, estacionamento para 2.500 veículos, depósitos controlados por sistema central de logistica, sistema viário interno para transito de até 30 caminhões de 8 toneladas e plataformas especiais para atendimento de ônibus de turismo são os grandes diferenciais do clone da 25 de março com relação ao comércio popular do centro. Veja o projeto completo: http://www.sollos.com.br/arquivos/projeto-nova25.pdf
Com já postei anteriomente sobre o Shopping Uai em BH, existe uma tendência de migração de investimentos para este modelo de shopping, que são vistos como pedras brutas a serem lapidadas pelos players do mercado. Outros virão aguardem!



sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Lojas "Pop-ups", a nova mania do varejo

O conceito de lojas pop-ups nasceu nos EUA e foi uma grande sensação no país no ano de 2008. As lojas Pop-ups (do termo pipoca - que rapidamente abre, estoura) abrem e fecham em poucas horas ou dias. Além dos americanos, japoneses e europeus aderiram ao conceito onde o resultado é de promoção relampago, tipo "compre logo antes que acabe". Neste países a principal estratégia é abrir em locais inusitados e com utilização de containeres, em que grandes varejistas lançam produtos e geram um grande estardalhaço. A Nike e a Puma são exemplos. Veja abaixo o mega Container (na realidade 24 conteineres) da Puma:





No Brasil este conceito de lojas Pop-ups tem caracteristicas diferentes em termos da utilização de containeres e conceito. Além de não darem descontos (o que é um grande diferencial nos outros países), a lojas temporárias estão sendo abertas em shoppings. A multimarcas Lool que abrira em um trailer nos jardins em São Paulo, já se mudou para o Shopping Iguatemi, onde fica até janeiro de 2010.

A Avec Homme do Grupo Avec que trabalhava somente com vestuário feminino, em virtde de mudanças do mercado, abriu espaço para a linha masculina que estará em novo espaço no Shopping Leblon do Rio de Janeiro pelo período de 5 meses. Precisaram se reinventar e fazem teste neste novo ambiente.

Muito legal a proposta, mas acho que deveriam ser lojas de desconto e com uma proposta mais agressiva. A idéia dos containeres é muito legal e provoca no consumidor uma experiencia mais atraente e encantadora. Imaginem containeres nos estacionamentos ou praças de eventos dos shopping, seriam mais impactantes. De qualquer forma uma boa alternativa de renda para os administradores para suas lojas vagas, em pleno turn over.

Veja uma foto da experiencia brasileira da pop-up Canarinho, da Nike, — o espaço resgatou o fardamento da Seleção Brasileira de Futebol com camisetas, tênis e peças assinadas por artistas da galeria Choque Cultural — tudo isso por apenas alguns dias: